O anfiteatro da Praça da República recebeu na manhã deste domingo, 22, alunos do projeto “Violão Cidadão: Por uma Cultura de Paz”, incentivado por edital da Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel). Os alunos colocaram em prática tudo o que foi aprendido durante um ano de oficinas. A programação, que iniciou às 9h30, durou a manhã toda e teve a participação especial de artistas como Simone Almeida, Salomão Habib e Rafael Lima.
Quem passava pela praça parava para apreciar o show, como foi o caso da família de Aida Pereira, de 42 anos, que está em Belém para passar o natal com a família. “Estávamos passando e paramos para assistir. É muito legal que espaços como esse, aqui na praça, sejam ocupados por projetos como esse que leva para essas crianças outras ocupações e tiram elas da ociosidade”, comentou Aida.
O projeto funciona na Escola Municipal Padre Leandro Pinheiro, no bairro do Guamá e oferece oficinas gratuitas de violão e canto popular. Para que as crianças aprendam é desenvolvido um método de cifragem e tablatura. Além de oferecer oficinas, o projeto tem também a importância social, que é a de dar um novo caminho para os jovens da periferia, que em muitas vezes estão inseridos em um contexto de vulnerabilidade.
Para o coordenador do projeto, o músico paraense Rafael Lima, o Violão Cidadão contribui para mudar a realidade dos alunos e as perspectivas de vida. “Muitas crianças estavam caminhando para o lado errado e agora estão dentro da sala de aula com a gente. Nesse final de ano, 81 vão receber certificados, e isso é muito gratificante para gente”, concluiu o músico.
O Violão Cidadão também foi de fundamental importância na vida do jovem Bruno Henrique Vieira, de 22 anos. Hoje professor do projeto, o jovem conta ter recebido influencia do projeto para ingressar na música. “O projeto Violão Cidadão me ajudou a alcançar o ensino superior, pois foi por meio do projeto, em 2010, que eu comecei a gostar de música”, revela. “Iniciei nas aulas do projeto, depois passei para estudar no Conservatório Carlos Gomes, com bolsa, e agora estou na Universidade Federal do Pará. Este ano voltei para o projeto para ajudar a dar aulas”, comentou.
