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Prefeitura de Belém garante assistência aos migrantes refugiados Warao

Foto: Hugo Tomkiwitz
Prefeitura de Belém garante assistência aos migrantes refugiados Warao
Prefeitura de Belém garante assistência aos migrantes refugiados Warao
Prefeitura de Belém garante assistência aos migrantes refugiados Warao
Prefeitura de Belém garante assistência aos migrantes refugiados Warao
Prefeitura de Belém garante assistência aos migrantes refugiados Warao
Prefeitura de Belém garante assistência aos migrantes refugiados Warao

Prefeitura de Belém garante assistência aos migrantes refugiados Warao.

Como forma de combater a proliferação do novo Coronavírus, a Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Secretarias Municipais de Saneamento (Sesan), Saúde (Sesma) e de Educação (Semec), remanejou 32 famílias de refugiados migrantes venezuelanos para um espaço municipal, localizado no bairro do Marco, em Belém. O objetivo do acolhimento é garantir o isolamento social, atendimento médico àqueles assintomáticos de Covid-19, e a garantia de demais serviços de cidadania.

O grupo formado por 131 indígenas venezuelanos, entre eles, 73 homens, 58 mulheres, 54 crianças e quatro idosos, morava em um espaço alugado por eles mesmos, na travessa Campos Sales, bairro da Campina. Eles foram remanejados para o espaço municipal após três pessoas do grupo testarem positivo para a Covid-19. O remanejamento, além da garantia do isolamento social, conta com o atendimento diário dos venezuelanos pela equipe médica do Consultório na Rua, da Sesma. A ação teve início na quinta-feira, 16, e encerrou na madrugada deste domingo, 19.

"Essa é uma resposta emergencial para a situação em que os indígenas se encontravam no espaço em que moravam. Em virtude dessa situação preocupante, houve a articulação que garantiu o espaço sob a orientação da Sesma e a coordenação da Funpapa. Além disso, a garantia de uma refeição de maior qualidade, o controle e a higiene do espaço que eles usam", explicou a presidente da Funpapa, Adriana Azevedo. 

Adriana Azevedo destacou ainda, que além de garantir o espaço, a Prefeitura está garantindo também, a higiene dos abrigados, como por exemplo, a disponibilização de álcool em gel nos corredores do local. "Essa foi a resposta imediata da Prefeitura de Belém. A Sesan está nos dando apoio com a logística de limpeza do local, doação de mascarás e materiais de higiene", enfatizou.

O espaço temporário no bairro do Marco servirá como uma forma de controle de saúde desses grupos, para que depois de estabilizados, eles possam ser realocados para o outro lugar. "Devido a insalubridade dos espaços e a não garantia de nutrição e higiene, que fazem parte do nosso plano de pessoas em situação de rua e a população indígena, nós fizemos a relocação voluntária deles, disponibilizamos redários, colchões, cozinha, alimentação, banheiros, para que eles possam ficar aqui, neste espaço de transição, no isolamento, até que possam ser realocados para o novo abrigo", disse o antropólogo e coordenador do Grupo do Migrantes da Funpapa, Carlyle Martins.

Novo Abrigo - Os venezuelanos devem ficar no abrigo transitório por cerca de duas semanas, depois serão remanejados para o abrigo que está sendo construído pela Prefeitura de Belém, em parceria com o Governo Federal, no bairro do Tapanã. O local que está em fase de conclusão, terá uma estrutura e padronização de abrigamento de acordo com os critérios internacionais da Organização das Nações Unidas (ONU), com capacidade para 500 refugiados. Além disso, o novo espaço contará com banheiros, cozinha, dormitório e área de lazer.

Além da assistência que os venezuelanos recebem, a cultura deles também é respeitada. "A gente mantém os grupos familiares unidos, garantindo o fortalecimento do núcleo familiar, pois isso é muito importante. Como esses grupos vêm de uma longa história de vulnerabilidade e têm uma taxa de mortalidade muito alta, a crise na Venezuela acentuou essa situação de vulnerabilidade, então nós precisamos garantir a alimentação e a saúde deles, mas respeitando a cultura, a língua, os hábitos, os comportamentos e as lideranças", pontuou Carlyle Martins.
 

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