A primeira paciente internada no Hospital Dom Vicente Zico, com complicações respiratórias causada pelo novo Coronavírus, recebeu alta na tarde desta quarta-feira, 22. O hospital passou a funcionar como referência para pacientes diagnosticados com o vírus na capital.
Deuzirene Pereira Correa, de 43 anos, chegou à unidade transferida da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta e precisou de tratamento semi-intensivo.
Na saída do hospital, Deuzirene foi acolhida pelo marido, Marco Antônio Correa e aplaudida pelo corpo médico. “Eu estou muito feliz, agora é só agradecer a Deus. Foi muito triste tudo que eu passei, mas fui muito bem cuidada aqui, os médicos foram atenciosos”.
Deuzirene deixou um alerta à população sobre a doença. “Peço para que as pessoas se cuidem, essa doença é horrível. Não desejo para ninguém o que eu passei”, falou. Marco Antônio agradeceu toda a equipe médica que cuidou da esposa. “Agradeço a todos os profissionais que cuidaram dela, eu cheguei até a pensar que poderia acontecer algo ruim. Mas com todo esforço e dedicação de vocês, hoje nós vamos para casa”, disse.
A médica Lana Lacerda, uma das que acompanhou a evolução do quadro da paciente, se emocionou. “Levando em consideração que é uma doença grave, que nós temos que nos cuidar, ver alguém saindo de dentro do hospital dessa forma, deixa toda a equipe muito contente. Esse momento é muito importante para a gente, é um motivo para a gente não desistir e ter esperança”, contou.
Dom Vicente Zico - A unidade passou a funcionar desde o último dia 16. O hospital é estruturado para oferecer suporte à rede de urgência e emergência, e conta com 60 leitos, sendo oito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Além da UTI, o espaço predial possui bloco cirúrgico, consultórios, postos de enfermagem e enfermarias com leitos de internação. A Unidade de Terapia Intensiva está localizada no segundo pavimento. O hospital Dom Vicente Zico conta também com espaço administrativo, recursos administrativo, vestiário e instalações voltadas à segurança das equipes médicas e dos usuários. O prédio tem ainda o recurso físico da acessibilidade. Uma rampa permite o acesso de cadeirantes e demais pessoas com limitação motora.
O local funciona com cerca de 300 profissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais e técnicos em enfermagem.