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Professora de Belém participa de live sobre contação de histórias como prática pedagógica

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Professora de Belém participa de live sobre contação de histórias como prática pedagógica
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Mais de 300 internautas acompanharam a live, entre eles a professora Márcia Alessandra Pereira da Silva: "Precisamos explorar mais o uso pedagógico das histórias nas escolas para expandir as aprendizagens de forma significativa. Parece mágica, mas não é".

Com mais de 17 anos de experiência em contação de histórias, a professora Ana Selma Cunha participou nesta quinta-feira, 28, da live “Unidos pelas histórias” para debater com outras contadoras de histórias do Brasil a importância da prática em sala de aula e o uso da tecnologia durante a pandemia do novo coronavírus. Atualmente, Ana Selma leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental Honorato Filgueiras, localizada no bairro do Jurunas.
A iniciativa é resultado de uma proposta feita pelo grupo nacional Rede Brasil – Histórias de todos os cantos, que, para celebrar o Dia do Contador de Histórias, transcorrido em 20 de março, fez um chamamento para uma maratona de contação de histórias nesta data. Logo após o evento, o grupo manteve a proposta em abril e neste mês de maio surgiu a ideia de promover lives colaborativas.
A Rede Brasil é coordenada pelas professoras Fátima Colares, de Sergipe, e Janine Pacheco, de Santa Catarina, e é composta por mais de cem contadoras de histórias do Brasil.
Live - Idealizada por Maria Cecília Silva de Amorim, mais conhecida como a personagem Tia Cecília, que há 19 anos é professora da rede municipal de Luziânia, em Goiás, convidou outras quatro contadoras para participar da live “Unidos pelas histórias” para compartilhar experiências, contar coletivamente a história “A menina do vestido azul” e discutir a importância dessa arte.
Além da professora Ana Selma Cunha, participaram as professoras Eliete Paes Landim, de Cariacia, Espírito Santo; Raquel Santos, Itumbiara, Goiás; e Sirlei Moraes, a Princesa Poesia, de Araquari, Santa Catarina.
“A ideia de fazer uma contação de história coletiva e discutir sua importância é justamente pelo contexto que a arte ocupa de ser um lugar de organização do caos. Somos professoras e sabemos que muitas pessoas não consideram a história como elemento de peso no ensino. Muitas vezes é vista como um momento de entretenimento. A sensibilidade que a arte promove à linguagem, leitura, cultura e performance é algo fundamental. Essa prática de contação de histórias para os professores e alunos precisa ser ressignificada e considerada como um elemento de sensibilização de todos os ensinamentos que produz em nossa vida”, explica Cecília, que é psicopedagoga e arte educadora. O grupo já pensa em transforma essa experiência em artigo e promover encontros presenciais após a pandemia.
Participação - Cada professora compartilhou sua experiência. Durante a live foram abordadas questões como “Por que contar histórias para ensinar”; “A diferença entre ler e contar”; “Contar histórias a partir da tecnologia”.
“Conto histórias em sala de aula para encantar os alunos e para que tenham um repertório imaginário bem rico observando a expressividade do corpo e da voz. As histórias são vivências humanas passadas de geração em geração. Faço a mediação da leitura pelos livros citando o autor, mostrando as ilustrações. E a tecnologia ajuda mediar a contação de histórias, principalmente agora que estamos mais distantes. É uma maneira de levar alegria, encantamento, magia, reflexão para as pessoas. Cada história leva uma carga de experiência e cada ouvinte vai acolher de uma forma diferente”, disse a professora Ana Selma Cunha.
Internautas - Entre os mais de 300 internautas que acompanharam a live, em sua maioria professores de escolas públicas, estava a professora Márcia Alessandra Pereira da Silva. Ela atua há 20 anos na rede municipal e atualmente leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental Palmira Lins de Carvalho, na Marambaia. Ela sempre estimulou a leitura entre os alunos, pois sabe que ajuda no desenvolvimento do raciocínio e da criatividade, principalmente em anos iniciais.
“A live foi muito interessante. Elas falaram da intencionalidade e do encantamento como pontos importantes para o desenvolvimento da criança. Nós, professores, precisamos explorar mais o uso pedagógico das histórias nas escolas para expandir as aprendizagens de forma significativa. Parece mágica, mas não é. A professora Ana Selma conta que é fruto de muito estudo, que precisa de uma formação contínua. Espero que possamos seguir esse encantamento nas escolas em que trabalhamos. As histórias têm um potencial educativo fantástico e contribuem em várias áreas na nossa vida”, disse Alessandra.
A professora Nádia Corumbá, que leciona desde 2016 na Escola Municipal de Ensino Fundamental Honorato Filgueiras, no Jurunas, também auxilia atividades na biblioteca da escola e conta que durante a pandemia vem enviando livros digitais e áudios de contação de histórias, propondo o desafio para os alunos recontarem as histórias oralmente e pela escrita. “A live de hoje reforçou o papel do professor nesta pandemia como mediador que leva conforto e leveza para os alunos. O contador de história ameniza a tristeza e a angústia das famílias. As minhas turmas gostam muito das histórias que envio pelo WhatsApp. Também aproveito e mando os vídeos da professora Ana Selma”, disse.
A live #UnidosPelasHistórias está disponível no Youtube para os professores que ainda desejarem assistir.

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