Cantos, conversas e discursos sobre a importância de debater e lutar pela causa dos povos indígenas marcaram a continuação da programação do "Agosto Indígena na Mairí dos Povos". Promovida pela Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria Antirracista de Belém (Coant), a programação teve início pela manhã no Complexo do Jurunas e prosseguiu no espaço Ver-o-Rio na tarde desta segunda-feira, 9. "Este momento é para lembrar o dia 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas. É um ato no memorial dos Povos Indígenas, que é o Ver-o-Rio, lugar construído pensando nas lutas dos desses povos", explicou Márcia Kambeba, ouvidora-geral de Belém.
Durante as falas alguns temas que vão contra a causa e a luta dos povos indígenas foram lembrados, entre eles o PL 490, que permite o contato com indígenas isolados; e o Marco Temporal, que exige a comprovação dos territórios dos povos indígenas.
Além dos debates, a programação contou com danças e abriu espaço para o empreendedorismo. Natural do estado do Amazonas, Lila Ticuna, de 36 anos, da etnia Ticuna, aproveitou a programação para vender materiais produzidos artesanalmente. "Moro há três anos em Belém. Estou aproveitando este momento, onde festejamos os povos indígenas, para vender meu artesanato, como colar de semente, pulseira e pimenta maracá", explicou.
Agenda - A programação do "Agosto Indígena na Mairí dos Povos" continua nesta terça-feira, 10, e será realizada no Horto Municipal, com feira de artesanato, exibição de filme e ação de saúde. De acordo com a servidora da Secretaria Municipal de Administração e uma das organizadoras do evento, Célia Maracajá, a programação durante todo o mês vai abrir espaço para luta dos povos originários. "É o reconhecimentos da luta dos povos originários. É a união e parceria de diversas secretarias e coordenadorias para festejar e lutar junto aos povos por justiça, soberania e contra o genocídio que afeta os povos indígenas", finalizou.