Belém se destaca no cenário nacional, principalmente na educação, com ações que desenvolve para incluir pessoas com deficiência na rede municipal de ensino. Estão matriculados 2.254 estudantes com deficiência na rede de ensino, sendo 1.239 com Transtorno do Aspecto Autista (TEA).
Durante o mês de abril, a Prefeitura de Belém, por meio do Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie) da Secretaria Municipal de Educação (Semec), intensificou o debate sobre o TEA com palestras, caminhadas, ações culturais e o I Simpósio em Alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Para encerrar essa agenda de debates - cujo objetivo é capacitar e conscientizar o corpo docente da Semec sobre o autismo no contesto educacional -, o Crie realiza a segunda etapa do I Simpósio do TEA.
Desafios e avanços
"A nossa programação começou no dia 31 de março com a abertura do simpósio científico, discutindo os avanços e os desafios sobre o TEA: temos 1.239 alunos autistas matriculados na rede e precisamos avançar, a cada dia nesse tema", explica o psicólogo do Crie, Edmilson Lima.
Ele esclarece que o debate encerrou nesta sexta-feira, 28, e que o objetivo é gerar informações e ferramentas para a comunidade escolar, com a finalidade de acabar com o preconceito contra o autismo. "Quanto mais conhecimento, menos preconceito", ressalta Edmilson Lima.
Durante a programação foram realizadas duas palestras pela manhã. A fonoaudióloga Vivia Ferreira de Barros explanou sobre "Ecolalia", que é uma fala de repetição de um texto ou de uma frase que foi dita, que é muito presente na comunicação dos autistas.
"Material e conteúdo como provedores da inclusão escolar do Aluno do TEA" foi o tema da segunda palestra, ministrada pelas professoras Cleide Teles e Aldeniza Viana.
Para a professora Luciana Moura, que atua na EMEIF Francisco da Silva Nunes, as palestras foram excelentes, bem dinâmicas e abordaram conceitos interessantes. "O principal é que tem como aplicar essas estratégias, apresentadas aqui, na sala de aula com os nossos alunos, valeu a pena", garantiu Luciana.
No período da tarde foram apresentados relatos de experiências de professores das salas de recursos multifuncionais e salas regulares das escolas da rede de ensino municipal.
Houve ainda a apresentação artística e cultural do músico instrumentista Carlos Furtado, autista, aluno do 3° semestre do curso de música da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Ele se apresentou tocando músicas nacionais e regionais no violoncelo e foi muito aplaudido pelos participantes do simpósio.
Cultura na Praça
No domingo, 30, será realizada uma manhã cultural na Praça do Horto Municipal com música, teatro e dança sendo apresentados pelos alunos da rede municipal com autismo. O evento encerrará o mês inteiro dedicado ao debate TEA.