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Tradicional festa LGBT de Belém será destaque em programa nacional de televisão

Foto: Luciana Medeiros
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A Festa da Chiquita chegou a sua 46ª edição, em 2023.

Criada no final dos anos 1970, a Festa das Filhas da Chiquita ou simplesmente Festa da Chiquita, que já foi parar nas telas do cinema, agora será mostrada em canal nacional de televisão, abrindo a 3ª temporada do programa “Avisa lá que eu vou”, do apresentador e humorista Paulo Vieira. O spoiler foi dado pelo próprio Paulo Vieira, que recebeu emocionado, na noite de sábado, 7, o tradicional Troféu Veado de Ouro das mãos de Elói Iglesias, idealizador e coordenador da Festa da Chiquita, que chegou a sua 46ª edição, em 2023.  

“É a segunda vez que vamos ter o Elói no programa. Ele merece ser conhecido em todo o Brasil”, disse Vieira se referindo ao protagonismo e pioneirismo do cantor e performer no movimento LGBTQIA+ brasileiro. Vieira esteve em Belém para uma série de gravações. Além da Festa da Chiquita, ele também acompanhou o Auto do Círio, cortejo cênico que ocorre na sexta-feira, celebrando Nossa Senhora de Nazaré, antes da grande procissão de domingo.

“Esse prêmio é o reconhecimento do trabalho feito por um monte de gente para reconhecer a cultura do Brasil e pessoas importantes como o Elói. Então o que o que a gente faz é jogar luz nesse Brasil que já é iluminado”, disse o apresentador logo após receber o troféu Veado de Ouro.

Todos os anos, a festa traz um tema. Em 2023, foi “Red Carpet” (Tapete Vermelho), comemorando 46 anos de luta pela visibilidade e direitos da comunidade LGBTQIA+. “O tema é político. Nós estamos no tapete vermelho e não queremos apenas a visibilidade, queremos dignidade e também queremos poder”, bradou Iglesias. E foram diversas as vozes que ecoaram no palco montado em frente ao Theatro da Paz, na Praça da República, como a da convidada especial Symmy Larrat, Secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+

“A Amazônia é percussora nas lutas por direitos, há quase 50 anos. É um exemplo de luta para o mundo inteiro. Nós hoje chegamos a esse lugar. Temos uma secretaria nacional, o maior cargo LGBT do mundo e eu tenho muito orgulho de ser paraense e estar ocupando esse lugar inédito na história da política pública brasileira”, disse Larrat.

Em mais de quatro décadas, a Festa da Chiquita passou por diversas transformações, sem nunca ter perdido de vista seu objetivo maior e assim vem se reafirmando, a cada ano, como território político das questões de gênero. O ritual é o mesmo. Assim que a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré passa pela Praça da República, na procissão da Trasladação do Círio, o palco se ilumina.

A programação do sábado iniciou com DJs, seguiu com carimbó do grupo Som do Pau Oco, e também contou com bandas que acompanharam personalidades, como as Drags e Themonias, Xirley Tão, Sachenka Levchenko, Flores Astrais, Celeste Volupa, Savana entre outras. A realização da festa contou com apoio da Prefeitura, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém - Fumbel.

Reconhecimento

Animada, repleta de bom humor e ousadia, em 2023, a Chiquita consagrou inúmeras personalidades que atuam e apoiam o movimento LGBTQIA+ no país, com o troféu Veado de Ouro. São diversas também, as categorias: Veado de Ouro, Botina de Prata, Rainha do Círio, Veado Supremo, Veado Peregrino e Veado Trans. O troféu Cidadania LGBT foi entregue à deputada estadual Lívia Duarte, à liderança indígena Nice Tupinambá e ao jornalista e ator Thiago Abravanel, entre outros. 

Jane Gama, da Coordenadoria de Diversdade Sexual da Prefeitura de Belém, também foi agraciada. “Receber a botina de Ouro (pois são as lésbicas que recebem)  é de todo um reconhecimento dos trabalhos, das políticas públicas da Prefeitura, o Governo da Nossa Gente, e desse olhar sensível às causas e demandas da população LGBTI+ , do município de Belém”, disse a titular da CDS.

“Foi um momento incrível, principalmente ao receber o prêmio das mãos de nossa querida empresária Ângela, dona do bar Refúgio dos Anjos localizado no Bairro do Guamá, bar de lutas e resistência que já existe há 27 anos. A Festa da Chiquita nos fortalece em nossas causas e lutas junto à população LGBTI+”, completou.

 

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