Pesquisar

Belém sedia primeiro evento do projeto “COP 30 Amazônia”

O prefeito de Belém, Igor Normando, participou do painel “O que a COP 30 representa para o Brasil”, ao lado de Ima Vieira, pesquisadora do Museu Goeldi; Mercedes Bustamante, bióloga e especialista em mudanças climáticas; e Thaís Ferraz, diretora programática do Instituto Clima e Sociedade (ICS).
Foto: Liliane Moreira
Belém sedia primeiro evento do projeto “COP 30 Amazônia”
Belém sedia primeiro evento do projeto “COP 30 Amazônia”
Belém sedia primeiro evento do projeto “COP 30 Amazônia”
Belém sedia primeiro evento do projeto “COP 30 Amazônia”
Belém sedia primeiro evento do projeto “COP 30 Amazônia”
Belém sedia primeiro evento do projeto “COP 30 Amazônia”

Os veículos de comunicação O Globo, Valor Econômico e CBN realizaram nesta quinta-feira o projeto “COP 30 Amazônia”, com transmissão para todo o Brasil.

Pela primeira vez, Belém, a capital da Amazônia, vai sediar, neste ano de 2025, o maior evento sobre clima da Organização das Nações Unidas (ONU): a 30ª Conferência das Partes (COP 30), que ocorrerá de 10 a 21 de novembro. Levando em consideração o nível dos debates e as reuniões entre representantes de diversas nações, os veículos de comunicação O Globo, Valor Econômico e a rede de rádio CBN realizaram, nesta quinta-feira, 3, no hotel Grand Mercure, o projeto “COP 30 Amazônia”, com o tema “COP 30 – Momento decisivo para o enfrentamento da crise climática global”, com transmissão para todo o Brasil.

Dos três painéis sobre a temática, o prefeito de Belém, Igor Normando, participou do painel “O que a COP 30 representa para o Brasil”.

Além do prefeito, participaram do debate Ima Vieira, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi; Mercedes Bustamante, bióloga e especialista em mudanças climáticas; e Thaís Ferraz, diretora programática do Instituto Clima e Sociedade (ICS).

O gestor municipal enfatizou o significado do evento mundial para a capital paraense.

“Belém é uma cidade extraordinária, com potencialidades incríveis. Toda cidade amazônida enfrenta desafios comuns aos grandes centros urbanos, mas com a particularidade de estar cercada por rios e florestas. O debate que será feito na COP é fundamental para as discussões sobre as mudanças climáticas e para as soluções que serão construídas a partir desses diálogos”, afirmou Igor Normando.

As obras que estão sendo realizadas como legado da COP para a cidade também foram citadas pelo prefeito durante o painel.

“As obras vão deixar um legado estrutural muito importante para Belém, especialmente para quem mais precisa, além de fomentar novas matrizes econômicas. Mas afirmo que o maior legado da COP será a visibilidade que Belém já está tendo, e terá ainda mais, no Brasil e no mundo”, ressaltou o prefeito.

Outro ponto abordado foi a oportunidade de renovação da economia. Belém terá, como um dos legados, a visibilidade mundial, o que consequentemente facilitará negociações voltadas à preservação ambiental, ao empreendedorismo sustentável por meio da bioeconomia e ao investimento em conhecimento e pesquisa na Região Amazônica.

Dando continuidade ao debate, a mediadora Ana Lucia Azevedo, repórter especial do jornal O Globo, instigou os participantes sobre a possível mudança de realidade para a população amazônida a partir da realização do evento em Belém.

A pesquisadora Ima Vieira destacou a importância de tornar notória a ciência produzida na Amazônia e a chance de novos investimentos para pesquisas na região em um cenário pós-COP 30. “Vejo uma oportunidade ímpar para que a ciência feita na Amazônia seja vista e lida no mundo”, frisou a pesquisadora.

O desafio da convergência entre políticas públicas e o esforço conjunto de diversos atores, municipais, estaduais, nacionais e internacionais, também foi tema do encontro. Thaís Ferraz, do Instituto Clima e Sociedade, comentou sobre a possibilidade de diferentes tipos de financiamentos voltados para diversos perfis de produtores, desde pequenos agricultores até grandes indústrias, com taxas de juros ajustadas à realidade de cada setor.

Série de eventos compõe o projeto “COP 30 Amazônia”

O encontro realizado nesta quinta-feira marcou o início de uma série de eventos promovidos pelos veículos de comunicação O Globo, Valor Econômico e a rede de rádio CBN. O objetivo é aprofundar os debates sobre os temas que serão discutidos durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima.

Além disso, o projeto busca apresentar as mudanças climáticas a partir de diferentes perspectivas, de pesquisadores, sociedade civil e governantes, promovendo o compartilhamento de conhecimento e expectativas em relação à COP 30. O público poderá acompanhar a iniciativa por meio de reportagens semanais e cinco eventos programados ao longo do ano.

Programação discutiu o que esperar da COP 30 e o apoio privado à inovação

A abertura do evento contou com uma conversa entre Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e diretora-executiva da COP 30, e a repórter especial de ambiente do Valor, Daniela Chiaretti.

O primeiro painel, “A floresta em foco: o que o Brasil e o mundo esperam da COP 30”, foi mediado por Ana Lucia Azevedo, de O Globo, e contou com a participação do governador do Pará, Helder Barbalho; de Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP; de André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam); e de Rafaela Guedes, senior fellow no Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

O terceiro e último painel discutiu como “A iniciativa privada pode fomentar a inovação na Amazônia”, com a presença de Alex Dias de Carvalho, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa); João Meirelles, diretor geral do Instituto Peabiru; e Liège Vergili Correia, diretora de sustentabilidade da JBS Brasil.

Relacionadas: