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Projeto “Shizen” impulsiona rendimento estudantil na Funbosque

Foto: Alessandra Serrão - NID/Comus
Projeto “Shizen” impulsiona rendimento estudantil na Funbosque
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Projeto “Shizen” impulsiona rendimento estudantil na Funbosque
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Projeto “Shizen” impulsiona rendimento estudantil na Funbosque

O estudante de radiologia Vitor Sarges (à direita), de 18 anos, teve a vida transformada pelo karatê na Escola Bosque. Hoje ele coleciona títulos.

Os caminhos de Vitor, Samuel e Vitória se cruzaram graças ao projeto “Shizen Funbosque Karatê”, da Fundação Escola Bosque Eidorfe Moreira. O estudante de radiologia Vitor Sarges, de 18 anos, morador do distrito de Outeiro, estudou dez anos na Escola Bosque, entre altos e baixos. “Tive problemas com as minhas notas, não queria estudar”, conta. O karatê despertou a paixão do estudante pelo esporte e pelo estudo: “Meu comportamento foi mudando, a arte marcial me proporcionou uma qualidade de vida melhor. Terminei meu ensino médio e comecei a estudar radiologia”.

Vitor Sarges foi revelado pelo projeto, conseguiu colecionar títulos e mantém um sonho. “Fui campeão paraense e campeão Norte/Nordeste de karatê. Como sou o aluno mais antigo e o único faixa marrom da equipe, procuro ajudar o professor nos treinos e nas competições. O meu objetivo é viver do esporte e participar dos Jogos Olímpicos de 2020”, diz.

Quem sonha em seguir os passos de Vitor é o pequeno Samuel Forte, de 5 anos. Aluno da educação infantil, ele treina de segunda a quinta-feira sem falta, sempre com o acompanhamento dos pais, que, orgulhosos, falam da satisfação de ver o filho trilhando o caminho do esporte. “O Samuel é uma criança um pouco levada, então decidimos colocar ele no projeto. Desde aí o comportamento dele mudou. A Escola Bosque é uma exceção das outras, ela dá toda uma estrutura e um acompanhamento adequado. Uma coisa que eu gosto no projeto é que para ele participar dos treinos ele precisa estar bem na sala de aula”, conta o pai, Davi Forte.

O orgulho dos pais corujas só aumentou, pois Samuel passou da faixa branca para a azul escura no exame de faixa realizado na semana passada. O exame de troca de faixa ocorre duas vezes ao ano e consiste em uma avaliação técnica. “A troca de faixa acontece em dois períodos do ano, uma no primeiro semestre e a outra no segundo. Nós avaliamos o nível técnico do aluno”, conta o coordenador do projeto, Jaydson Rodrigues.

A doméstica Joana Santos não perde um treino da neta Vitoria Santos, de 12 anos. A estudante nasceu com uma deficiência visual, o que não a impediu de praticar karatê. “Ela estuda na Funbosque há cinco anos e o karatê foi essencial para inclusão social da minha neta, fico muito agradecida”, diz, emocionada.

O projeto do qual os três estudantes participam é o “Shizen Funbosque Karatê”, que foi implantado pela Escola Bosque em 2013, com o objetivo de fortalecer o trabalho disciplinar pedagógico desenvolvido dentro e fora da sala de aula. O projeto atende cerca de 65 alunos, alguns encaminhados pelo Núcleo de Acompanhamento Pedagógico (NAP). “Muitos alunos do projeto são indicados pela coordenação pedagógica, alunos com rendimento escolar baixo e com histórico de mau comportamento. O foco do projeto é trabalhar a disciplina e o respeito com o próximo”, explica Jaydson Rodrigues.

Para a presidente da Funbosque, Meg Parente, alinhar a educação e o esporte é um dos objetivos a Escola Bosque com o projeto. “O esporte exige disciplina e respeito dos seus praticantes, é um complemento à educação das nossas crianças e jovens. O que mais nos alegra é perceber que ao longo dos anos fomos descobrindo diversos talentos através do projeto. Alunos que trouxeram grandes resultados nas competições”, afirma.

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