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Clássico da década de 1920 encantou o público no Cine Olympia neste feriado

Foto: Alessandra Serrão - NID/Comus
Clássico da década de 1920 encantou o público no Cine Olympia neste feriado
Clássico da década de 1920 encantou o público no Cine Olympia neste feriado
Clássico da década de 1920 encantou o público no Cine Olympia neste feriado
Clássico da década de 1920 encantou o público no Cine Olympia neste feriado
Clássico da década de 1920 encantou o público no Cine Olympia neste feriado
Clássico da década de 1920 encantou o público no Cine Olympia neste feriado
Clássico da década de 1920 encantou o público no Cine Olympia neste feriado

“A última gargalhada” foi exibido pelo projeto “Cinema e Música”, que apresenta filmes na segunda terça-feira de cada mês.

A sonorização que tomou conta da sala do Cine Olympia nesta terça-feira, 15, não saiu das caixas de som, mas do piano do músico Paulo José Campos de Melo, que durante os mais de 60 minutos ajudou a contar a história do filme “A última gargalhada”, exibido pelo projeto “Cinema e Música”.

O projeto costuma exibir clássicos da década de 1920, quando eram exibidos filmes mudos acompanhados por música ao vivo, visando resgatar a tradição daquela época. A iniciativa é fruto da parceria entre a Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município (Fumbel), e a Fundação Carlos Gomes, com apoio da Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA).

O filme “A última gargalhada”, dirigido por F.W. Murnau, e interpretado pelo suíço Emil Jannings, conta a história de um idoso porteiro de um elegante hotel de Berlim. Orgulhoso do trabalho, que faz com dedicação, ele se comporta como um general, sendo tratado com respeito pelos amigos e vizinhos. O novo gerente do hotel mostra insensibilidade quando o velho porteiro precisa se recompor após carregar uma pesada bagagem e decide que o porteiro é velho demais para o cargo, rebaixando-o para criado do banheiro masculino. Isto provoca um efeito desastroso no prestígio e na autoestima do homem.

O pianista Paulo contou que, apesar da experiência de décadas no acompanhamento sonoro de filmes, cada edição é uma novidade. “Se eu fizer esse filme amanhã, vai ser de novo uma novidade, porque a cada dia as interferências externas, a inspiração dependem do momento. E o filme é na realidade uma grande surpresa, eu não o conhecia e tudo levou a crer que seria um drama, mas a poucos minutos para acabar filme a história do ator principal muda e isso foi muito interessante: me fez pensar rapidamente nessa mudança do final. Tive que conduzir pelo lado do drama e, no fim, interpretar a grande mudança de vida do ator principal”, explicou.

Para conduzir a música da sessão Paulo afirma que se inspira em temas da época. “Exige um preparo, ouço músicas da época, assisto o filme sem a trilha sonora, depois a trilha que vem com ele, e depois vou trabalhando esse tema. Mas acima de todo esse preparo tem o instinto de inspiração do momento, da emoção do filme. Esse é um grande desafio que vale muito a pena”, enfatizou o pianista, que há quatro anos participa do projeto “Cinema e Música”.

Para os cinéfilos, a sessão neste feriado, dia 15, foi uma excelente opção para conhecer a outra versão de cinema, até então desconhecida. “Amo filmes, faço dessa a minha programação semanal, mas ainda não tinha tido a oportunidade de vir ao Olympia prestigiar essa exibição do filme mudo, confesso que achei fantástico. É uma forma de manter viva a nossa cultura do cinema de antigamente”, declarou a funcionária pública Etevilna Capeloni.

Quem também aproveitou o finalzinho do feriado para ir ao cinema foi o técnico agrícola Serginando Reis, que veio com a esposa do município de Altamira e, na companhia dos amigos, resolveu assistir ao filme. “Esta é a segunda vez que tenho a oportunidade de vir aqui no Cine Olympia, e eu tenho como ver como realmente se davam as exibições de anos atrás”.

O projeto segue sendo exibido na segunda terça-feira de cada mês. Para dezembro, o programador do cinema Marco Antonio Moreira adiantou o clássico que será exibido: “Napoléon” é um filme mudo francês do gênero épico de 1927 que conta a história da ascensão de Napoleão I.

Foi planejado para ser o primeiro de seis filmes sobre Napoleão Bonaparte, no entanto os custos envolvidos tornaram isso impossível. Seu primeiro lançamento foi em uma premiére de gala na Ópera de Paris em abril de 1927.

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