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Bosque Rodrigues Alves celebra aniversário de 134 anos com programação especial

Foto: Oswaldo Forte
Bosque Rodrigues Alves celebra aniversário de 134 anos com programação especial
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Um pedaço da floresta é oferecido pelo Bosque Rodrigues Alves aos moradores e visitantes de Belém.

Quem passa pela avenida Almirante Barroso, no bairro do Marco, não deixa de dar uma olhada de admiração para a exuberância das imensas árvores do Bosque Rodrigues Alves - Jardim Zoobotânico da Amazônia, um espaço pelo qual os paraenses guardam um sentimento de carinho, encantamento e até de saudade. O Bosque, como é mais conhecido, celebra seus 134 anos de fundação em três dias de programação especial a partir desta sexta-feira, 25, data em que foi inaugurado, até o próximo domingo, 27.

“Eu moro em Outeiro, mas faço questão de chegar cedo aqui no meu posto de trabalho. Faço isso somente para ver e sentir melhor o que é essa natureza aqui dentro do Bosque, e também para ouvir os passarinhos cantarem. Isso me dá uma alegria tão grande, e parece que faço o meu trabalho com mais vontade e gosto. Acho este espaço muito importante, porque me pergunto onde existe essa natureza toda daqui e bem no meio da cidade”, comenta Zilomar da Conceição, que há mais dez anos é o bilheteiro do Bosque Rodrigues Alves. 

O Bosque Rodrigues Alves foi criado em 25 de agosto de 1883, por norma constitucional do presidente da Câmara de Belém, João Diogo Clemente Malcher, sendo idealizado pelo presidente da Província do Pará, José Coelho da Gama Malcher, o Barão do Marajó. São 15 hectares de área verde, ou seja, 150 mil metros quadrados, compreendidos pelo quadrilátero formado pelas avenidas Almirante Barroso e Romulo Maiorana e as travessas Perebebuí e Lomas Valentinas. A inspiração é europeia e vem do Bois de Bologne, localizado na parte ocidental de Paris (França).

Aniversário - Pelas alamedas, monumentos e espaços do Bosque, as equipes de manutenção estão trabalhando intensamente, limpando, varrendo e pintando muretas, preparando o espaço para a programação de aniversário, que se inicia na sexta-feira, 25. 

A programação começa às 8h30, com uma exposição sobre animais que foram vítimas de abandono e maus tratos, na trilha principal do Bosque. No mesmo local, haverá semeadura de arbóreas em bandejas e, em seguida, estudantes de três escolas de Belém participam da trilha “Conhecendo a Biodiversidade do Bosque”, que tem a participação do Instituto da Amazônia Filhos da Terra.

O primeiro dia dessa programação se encerra no Espaço Criança, a cargo do programa Vet Kid’s, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), que vai promover pintura com as crianças e orientações sobre a fauna e flora do local. Haverá também “contação” de histórias pelo grupo Movimento de Contadores de Histórias da Amazônia. O encerramento terá um cortejo de participantes dos grupos, e será cantado os parabéns ao Bosque, além de ser feita doação de mudas de plantas ao público.

No sábado, 26, a programação é voltada ao público em geral e começa às 9 horas. Terá entrega de sementes para semeadura de espécies em bandejas, exposição de trabalhos científicos sobre a flora e a fauna do Bosque, e, no Espaço Criança, pintura e “contação” de histórias.

No último dia, domingo, 27, a programação começa às 9 horas, com a exposição “Varal Ambiental” pela escola Nova Acrópole; mostra de trabalhos científicos sobre a flora e a fauna do Bosque; palestra “Filosofia no Jardim”, com o tema “Encantados - Os Misteriosos Habitantes da Floresta”, também por conta de integrantes da escola Nova Acrópole, no espaço Ruínas do Castelo.

A partir das 10 horas, na brinquedoteca, começam as oficinas de desenho e de reaproveitamento de materiais, seguidas de “contação” de histórias. Ainda nas Ruínas do Castelo, haverá o programa “Cantiga no Jardim”, com a apresentação musical do Coro Muiraquitã. Além dessas programações, haverá a trilha “Conhecendo a Biodiversidade do Bosque”, que começa às 10 horas, com saída do Chalé de Ferro, às proximidades da travessa Perebebuí.

A pedagoga Marla Frazão é uma das responsáveis pelo programa de Educação Ambiental do Bosque. “A programação foi pensada com muito carinho e voltada para as crianças e o público em geral. Sempre buscamos parcerias e nesta programação contamos com o apoio da escola de filosofia Nova Acrópole e dos contadores de histórias e da Ufra”, explica a pedagoga, que trabalha há quatro anos no Bosque e ela mesma foi uma assídua frequentadora do local quando criança.

“Quando as crianças vêm participar das nossas trilhas, que têm o lema ‘Estar, Conhecer e Preservar o Espaço’, sempre falo que frequentei este local quando eu era do tamanho delas e que é missão delas preservar o Bosque para que os filhos delas continuem a ter este espaço de muito verde no futuro”, completa Marla.

Diversidade - O Bosque Rodrigues Alves abriga uma importante diversidade de espécies da fauna e flora do ecossistema amazônico, além de monumentos, grutas, ruínas, aquário, chalés e viveiros de animais, e ainda lanchonete e brinquedoteca. Pelas alamedas do local, em meio ao silêncio, apesar do trânsito intenso das redondezas, é possível ver macacos nas árvores, as pequenas cotias que passam correndo, tatus, os jabutis que aproveitam o sol nos viveiros e ouvir o barulho das araras.

O espaço fecha para manutenção às segundas-feiras e mantém uma média semanal, de terça-feira a domingo, de 2.500 visitantes, sendo que esse número aumenta nos meses das férias escolares de julho e janeiro e em outubro, devido ao Dia das Crianças, comemorado no dia 12 desse mês. Aliás, esse dia é o de maior fluxo de pessoas no Bosque.

A exuberância das árvores centenárias chama atenção. No Bosque, é possível ter contato com vegetais que estão ameaçadas de extinção, como pau brasil, pau rosa, cedro e maçaranduba, além de outras espécies nem tão ameaçadas, como uma samaumeira (ainda jovem), seringueiras e outras representantes da flora brasileira, como acariquara e acapu, entre outras.

A vegetação é constituída da floresta original da época em que o bairro do Marco foi ocupado, em uma área preservada desde o início do século XX, com árvores características da Amazônia. A mata da área não existe mais graças à urbanização da cidade, mas 90% da vegetação são originais, isto é, é de mata nativa, que já estava ali bem antes da idealização do Bosque, e os outros 10% compreendem plantas exóticas plantadas posteriormente.

E é essa beleza que encanta o aposentado Joserides Gomes, de 77 anos, que morou atrás do Bosque Rodrigues Alves por mais de 30 anos e atualmente vive em Marabá, na região sudeste do Estado. Ele estava visitando o espaço. “Quando eu morava aqui em Belém, fazia questão de trazer meus filhos pequenos aqui no Bosque, sempre aos domingos. Sou pai de 20 filhos, e era uma alegria vir com eles aqui. Depois que me mudei, venho a Belém a cada seis meses, mas sempre faço questão de visitar o Bosque, porque é uma lembrança que me faz bem. E fico contente de ver que aqui está bem organizado, limpo, o que dá prazer de passear por aqui”, avaliou o aposentado.

O Bosque é aquele local que as pessoas buscam para passear, relaxar e também para outros fins, como por exemplo o que é feito pela Casa do Idoso, que mantém o grupo Bosque Memória e promove atividades para maiores de 60 anos toda quarta-feira, pela manhã. O grupo, que tem cerca de 20 homens e mulheres, é orientado por duas médicas, que trabalham na preservação da memória dos idosos, estimulando-os a lembrar de momentos, fatos, pessoas e nomes junto à natureza do espaço.

Serviço

Programação do aniversário de 134 anos do Bosque Rodrigues Alves - Jardim Zoobotânico da Amazônia, de sexta-feira, 25, a domingo, 27, pela manhã. O Bosque funciona de terça-feira a domingo, no horário das 8 às 17 horas. O ingresso custa R$ 2,00 (com gratuidades para crianças menores de 6 anos, pessoas com deficiência e idosos maiores de 60 anos).

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