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Encenação da Paixão de Cristo emociona moradores da Condor

Foto: Alessandra Serrão - NID/Comus
Encenação da Paixão de Cristo emociona moradores da Condor
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Encenação da Paixão de Cristo emociona moradores da Condor
Encenação da Paixão de Cristo emociona moradores da Condor

Em Belém, as encenações da Paixão de Cristo ocorreram em bairros da capital e no distrito de Outeiro, com apoio da Prefeitura de Belém, por meio Fumbel.

A maior história de todos os tempos. A fé, o amor, a crença em um Deus que ama a humanidade de tal maneira que deu seu único filho para que ele morresse e salvasse a todos por redenção e morte na cruz. A esperança que se renova a cada ano. A vida, paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em Belém, as encenações da Paixão de Cristo ocorreram em bairros da capital e no distrito de Outeiro, com apoio da Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel).

O grupo Renascer, da igreja de São Judas, no bairro da Condor, iniciou com as apresentações da Paixão de Cristo na última terça-feira, 27, prosseguindo na quarta, 28, e na sexta-feira, 30, e seguindo até a noite deste sábado, 31, com a celebração da ressurreição de Cristo.

As apresentações foram feitas no salão paroquial da igreja, na praça Princesa Isabel, e nas ruas próximas. O grupo é um dos mais tradicionais de Belém, e em 2018 está comemorando 50 anos das apresentações da Paixão de Cristo no bairro da Condor.

Condor - Mesmo sob a fina chuva que caía desde a tarde sobre Belém, cerca de 2 mil pessoas assistiram a encenação da Paixão de Cristo, que começou às 20 horas na praça Princesa Isabel. A encenação envolveu cerca de 100 pessoas, sendo que mais de 60 foram atores que se revezaram nos papéis bíblicos. Os espectadores chegaram com sombrinhas, cadeiras, banquinhos e acompanharam toda a encenação.

Os atores são adolescentes e crianças que integram o grupo Renascer. Além deles, nos papéis mais adultos, estavam pessoas da comunidade. O grupo ensaiou desde janeiro deste ano, três vezes na semana, sob o comando de Ivan Tavares, diretor geral, e de Alberto Trindade e Francivaldo Dias.

Alberto conta que o grupo Renascer tem apoio do pároco da igreja de São Judas Tadeu, padre Rafael Brito, que também atua na encenação da peça. “Não é fácil manter uma encenação como essa durante tantos anos, mas procuramos manter a tradição. Atualmente, já percebemos que público está diminuindo. Já tivemos anos em que encenamos a Paixão de Cristo para mais de 5 mil pessoas. Temos apoio da igreja, do município, mas a principal força vem da comunidade, que nos ajuda bastante. É para essas pessoas que buscamos dar o nosso melhor”, afirmou o diretor.

Encenação - Os atores da peça vestiram os figurinos e se maquiaram no bar Palácio dos Bares, onde também receberam as últimas orientações do diretor e fizeram orações.

No cenário armado na praça Princesa Isabel, as cenas se desenrolaram, mostrando momentos como a tentação de Jesus depois de 40 dias de jejum, no deserto. Em seguida, teve início a cena da prisão de Cristo pelos soldados romanos, o beijo do apóstolo traidor Judas e o arrependimento de Pedro, que havia acabado de negar conhecer Jesus por três vezes.

A peça continua com a visita de Herodes ao castelo do Pôncio Pilatos, no qual está sendo realizado um jantar, em meio a uma grande festa. Salomé, a preferida de Herodes, para o qual havia feito uma dança e como recompensa pedira a morte do profeta João Batista e a cabeça dele em uma bandeja de prata, também está presente.

Esse episódio é relembrado e Salomé dança novamente para os convidados de Herodes. Na peça, quem fez o papel de Salomé foi a dançarina Desirrè Dias, de 24 anos. Ela participa da peça desde o ano passado, e esta foi a primeira vez em que interpretou Salomé. “Eu sou aqui do bairro, mas fiquei um tempo afastada. Voltei e estou novamente na peça, o que me dá uma grande alegria”, disse.

Ela conta que viu muitos vídeos sobre dança do ventre e criou a própria coreografia. “O bacana de ver vídeos e ler sobre o assunto é que a gente aprende sobre coisas que nem imagina que existam. E estou bem satisfeita com o resultado de tudo”, elogiou.

Caminhada - Após o julgamento de Cristo, a encenação saiu da praça e percorreu algumas ruas próximas, com o público acompanhando tudo. As cenas do calvário de Cristo passaram pela avenida Alcindo Cacela, passagens São Judas e Gaiapós, rua dos Apinagés e voltou à praça Princesa Isabel. 

Nessa caminhada são vistas as cenas em que Cristo consola as mulheres de Jerusalém; o encontro com Verônica, que limpa o rosto ensanguentado do Redentor; o encontro de Jesus com sua mãe Maria; e, por fim, quando Simão de Cirene é obrigado pelos soldados romanos a carregar a cruz de Jesus Cristo até ao Gólgota, local onde Jesus foi crucificado.

O padre Rafael interpreta Simão de Cirene. “Em outras apresentações, em outras paróquias, em também participei. Já fui soldado romano, Pilatos, mas aqui pedi um papel no qual eu falasse só um pouco. Para mim, é uma grande alegria dar apoio aos membros do grupo Renascer, assim como a participação da comunidade é muito importante. Essa é a maior história do mundo, quando vemos e sentimos o grande amor de Deus por nós, e cabe a nós manter essa história viva, para que nunca caia no esquecimento”, enfatizou o padre.

Com os olhos cheios de lágrimas, a dona de casa Ana Cristina, de 37 anos, estava acompanhada da filha Ana Beatriz, de 9 anos, que via a encenação pela primeira vez. “Eu já participei dessa peça e venho todos os anos assistir de novo. Fico muito emocionada, porque tudo parece muito real e é demais triste”, contou.

Encerramento - A peça se encerrou na praça Princesa Isabel, com a morte de Jesus na cruz, no monte Calvário. Na noite deste sábado, a partir das 20h30, será encenada a ressurreição de Cristo na igreja de São Judas Tadeu, complementado, assim, a história de Cristo.

A Fumbel também apoiou outras encenações da Paixão de Cristo, como a da igreja de São José de Queluz, no bairro de São Brás, que foi encenada no salão paroquial; e também a da comunidade da ilha de Jutuba I, no Distrito de Outeiro.

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