Esta terça-feira, 8, foi dia de celebrações no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco. Durante a manhã, em duas programações distintas foram lembrados o Dia do Pau Brasil, transcorrido em 3 de maio, e o Dia das Aves Migratórias, comemorado nesta terça.
Alunos do 5º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jarbas Passarinho foram os convidados para a celebração do Dia do Pau Brasil. Cerca de 30 estudantes fizeram uma trilha a pé, na qual conheceram as principais atrações do Bosque, deram um abraço simbólico na única espécie de pau brasil existente no lugar e finalizaram a atividade com uma oficina de reaproveitamento de material, com rolo de papelão e sementes, com os quais produziram vários porta-lápis.
O Dia Nacional do Pau Brasil é comemorado anualmente no dia 3 de maio. A data homenageia a árvore que deu origem ao nome do País. Esse vegetal também possui outros nomes, como ibirapitanga, pau-vermelho, pau-de-pernambuco, arabutã, ibirabitã, muirapitanga, orabutã, pau-rosado e pau-de-tinta e é a única árvore no país protegida por uma lei exclusiva, que considera a exploração e exportação da madeira ilegal.
O engenheiro agrônomo do Bosque, Eduardo dos Anjos, explicou às crianças que o pau brasil é uma árvore que cresce muito. “Daqui a 20, 40 anos, quando esta árvore aqui do Bosque atingir a idade considerada como adulta, esse vegetal vai ter cerca de 35 metros de altura. Por isso, é importante cuidar desse que é o único exemplar que temos aqui no Bosque”, explicou.
Muito atenta às explicações de como iria confeccionar o porta lápis, Brenda da Silva Oliveira, de 10 anos, disse que tinha gostado de tudo o que havia visto na visita ao Bosque. “Eu gostei de tudo o que vi aqui no passeio, mas gostei muito foi das explicações sobre os animais, e mais ainda de saber sobre a arara azul”, contou a menina.
Aves migratórias - Outra atividade na manhã desta terça-feira no Bosque Rodrigues Alves foi a que celebrou o Dia das Aves Migratórias, comemorado em 8 de maio.
A comemoração teve a apresentação do grupo Associação Amazônica de Falcoaria e Conservação de Aves de Rapina (Harpia), uma equipe de pesquisadores formada por biólogos e médicos veterinários que divulga a arte da falcoaria. O grupo atua em educação ambiental, conservação de rapinantes e reabilitação das aves, por meio de técnicas de condicionamento físico. O local da atividade foi a Fonte dos Intendentes.
O grupo Harpia já atua de forma voluntária no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves e no Hospital Veterinário de Castanhal (PA). Dessa maneira, eles conseguiram fazer, desde o ano de 2014, a reabilitação e reintrodução de 18 espécies de rapinas, como o gavião-pernilongo, a coruja-orelhuda, o mocho-diabo e o falcão-cauré. O grupo também promove cursos de introdução a manejo de rapinas e falcoaria para universidades e órgãos ambientais.
Após a apresentação do grupo Harpia, uma equipe do Bosque se apresentou no Recinto das Aves, onde explicou os tipos de alimentos que as aves que habitam o local consomem.