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Festival de filmes apresenta o melhor cinema europeu no Cine Olympia

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Festival de filmes apresenta o melhor cinema europeu no Cine Olympia
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Festival de filmes apresenta o melhor cinema europeu no Cine Olympia

São 17 países participando do evento, apresentando filmes documentais e ficcionais que retratam o tema “democracia” das mais variadas formas. Cena do filme “A Máfia só Mata no Verão”.

Começa neste sábado, 26, no Cinema Olympia, em Belém, o Festival de Cinema Europeu 2018, que segue até sexta-feira, dia 1º de junho, em diversos horários com entrada gratuita. A mostra é anual e já está em sua 14ª edição, passando pelas capitais, Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e Belém, além de Brasília (DF).

O tema do festival, este ano, é “Democracia em Cena”. “O evento coloca em foco esse regime político contemporâneo, adotado por grande parte dos países ocidentais e traz obras que abordam memórias relevantes para a Europa”, explica Tayná Haudiquet, curadora da mostra.

Mostra – São 17 países participando do evento, apresentando filmes documentais e ficcionais que retratam o tema “democracia” das mais variadas formas. Durante os meses de maio até início de julho, a mostra percorrerá 11 capitais brasileiras.

A seleção apresenta títulos premiados em diversos festivais internacionais, como o filme espanhol “23F - O Filme”, que abre o festival em Belém, no sábado, 26, às 15h30, e conta sobre uma tentativa fracassada de golpe de Estado, encabeçado por militares, em 1981. O filme foi indicado para o prêmio Goya - um equivalente ao Oscar, na Espanha - em 2011, e escolhido pela curadoria para abrir oficialmente a mostra em todas as cidades. “A seleção de filmes narra outros aspectos e propõe velhas e novas discussões sobre o tema da democracia. Conhecer o passado e pensar sobre ele, permite uma maior compreensão do presente, e ajuda a refletir sobre as possibilidades de futuro. Em tempos de crises políticas tão significativas no mundo é importante relembrar, observar e debater o assunto”, avaliou Tayná Haudiquet.

Programação - Em Belém, serão exibidos 11 filmes: “23F - O Filme” (Espanha); “Se Não Nós, Quem?” (Alemanha); “A Máfia Mata só no Verão” (Itália); “Sangue nas Águas” (Hungria); “Palme” (Suécia); “Vox Poupuli” (Países Baixos”); “O Bockerer IV - Primavera de Praga” (Áustria); “Zeus” (Portugal); “O Atirador” (Dinamarca); “A História da Linha Verde” (Chipre) e “A Universidade Perdida, Vincennes” (França). 

A programação começa no sábado (26), às 15h30, com “23F - O Filme”, de Chema de la Peña; e às 17h30, “Se Não Nós, Quem?”, de Andres Veiel.

No domingo (27), às 15h30, “A Máfia Mata só no Verão”, de Pif (Pierfrancesco Diliberto); e às 17h30, “Sangue nas Águas”, de Krisztina Goda.

Na terça-feira (29), às 16h30, “Palme”, de Maud Nycander & Kristina Lindström; e às 18h30, “Vox Poupuli”, de Eddy Terstall.

Na quarta-feira (30), às 16h30, “O Bockerer IV - Primavera de Praga”, de Franz Antel; e às 18h30, “Zeus”, de Paulo Filipe Monteiro.

Na quinta-feira (31), às 16h30, “O Atirador”, Annette K. Olesen; e às 18h30, “A História da Linha Verde”, de Panikus Chrissanthou.

Na sexta-feira (1º de junho), encerrando o Festival, às 18h30, “A Universidade Perdida, Vincennes”, de Virginie Linhart.   

Sinopses - O filme alemão “Se Não Nós, Quem?” ganhou prêmios em festivais populares na Alemanha, incluindo uma indicação ao Urso de Ouro no 61º Festival de Berlim. O drama traz a história de um casal, filhos de pais com papéis importantes no governo Hitler, que se unem para abrir uma editora e darem continuidade ao trabalho iniciado pelo pai de um deles, um famoso escritor nazista.

Em plena ascensão do fascismo em Portugal, Manoel Teixeira Gomes, escritor de literatura erótica e na época presidente, abandona a capital Lisboa para viver em exílio no norte da África. O drama “Zeus”, dirigido por Paulo Filipe Monteiro, conta a história real de Gomes e as razões que o fizeram abandonar o cargo, após 26 meses de sua posse.

“23F - O Filme” mostra o fracassado golpe de estado de 23 de fevereiro de 1981, na Espanha, que começou com a apreensão do Congresso dos Deputados, terminou com a libertação dos parlamentares e colocou a democracia espanhola em grande risco. O filme é a história de três golpes: o de Milans, pela realeza; o de Armada e o de Tejero, ex-tenente coronel da Guarda Civil Espanhola. O golpe falha quando Tejero começa a entender que foi usado.

Ambientado na Sicília contemporânea, o filme “A Máfia Mata só no Verão” traz a vida de Arturo, que desde jovem cruza o caminho da máfia. A partir da vida dele e de sua banal historieta de amor, o filme mostra a organização criminosa, não apenas como uma entidade marginal da sociedade do sul da Itália, mas como um organismo que infiltra-se em todos os aspectos da vida dos habitantes da região e na cultura coletiva.

Uma nação cujo sonho de liberdade foi devastado é o mote do filme “Sangue nas Águas”. Inspirado em uma história real, mostra a heroica Revolução Húngara de 1956, e se passa em Budapeste e nos Jogos Olímpicos de Melbourne, em outubro e novembro daquele ano. Enquanto tanques soviéticos arrasavam o País, a equipe húngara de polo aquático vencia os soviéticos na disputa mais violenta da história.

Em 1986, o primeiro ministro da Suécia, Olof Palme, foi baleado em uma rua de Estocolmo e naquela noite de fevereiro, a Suécia se transformou. “Palme” trata sobre a vida desse político, seu tempo e a Suécia que ele criou. Durante a sua vida, Palme foi transportado da classe alta para tomar o seu lugar entre os democratas socialistas.

Em “Vox Populi”, Jos Fransen é um político veterano que enfrenta uma crise de meia-idade. Ele é o líder do partido de esquerda Rood-Groen, que não está bem nas pesquisas. A filha dele, Zoë, começa a namorar com um policial militar, Sjef, cujo pai é um vendedor de carros de Amsterdam, que odeia políticos. Por meio dos olhos de Sjef e Nico, Jos começa a perceber como “as pessoas” enxergam a política.

“O Bockerer IV - Primavera de Praga” mostra um açougueiro que tem seus planos de abrir um açougue transformados por conta da “Primavera de Praga”, causando muitos problemas e confusões para a família Bockerer. Quando as tropas soviéticas tomam posse do País, a família quer voltar com urgência para Viena, na Áustria, mas eles precisam tirar o filho da prisão.

“O atirador” é um filme de viés político, no qual o novo governo dinamarquês, contrariando suas promessas eleitorais, anuncia extração de petróleo na Groenlândia. Isso gera uma violenta reação pública, e um atirador está em liberdade nas ruas de Copenhague, sitiando a cidade.

“A História da Linha Verde” mostra a localidade de Nicósia, onde um muro de barricadas e arame farpado divide uma cidade e um País. Após a guerra, vizinhos que viviam em harmonia se tornaram inimigos. Um soldado cipriota grego e um soldado cipriota turco guardam seus postos em lados opostos da chamada “linha verde” e fazem um acordo para visitar suas antigas vilas.

“A Universidade Perdida, Vincennes” é um documentário que mostra a Universidade de Vincennes, criada no outono de 1968 e destruída em 1980, que encarnava a possibilidade de outro sistema de ensino. Entre nostalgia e reflexão, o filme homenageia uma historia esquecida. Durante 12 anos, Vincennes cresceu, se agitou, incomodou, atraindo os melhores professores do País, como Michel Foucault, Gilles Deleuze, Hélène Cixous, ou ainda Jacques Rancière.

Serviço:

Festival de Cinema Europeu 2018, no Cine Olympia, de sábado, 26, a sexta-feira, 1º, exceto na segunda-feira, 28, às 15h30 e 17h30 (sábado e domingo) e às 16h30 e 18h30 (de terça a sexta-feira). Entrada gratuita.

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