Prestes a ser inaugurado, o Chalé Tavares Cardoso recebeu nesta terça-feira, 29, representantes do Ministério Público do Estado do Pará (MP-PA) que foram verificar o andamento da obra de reforma e restauro do prédio histórico, tombado pela esfera municipal.
“O MP acompanha essa obra por ser um bem histórico muito importante e o único tombado em Icoaraci. Viemos observar a execução para que o espaço seja entregue em boas condições de uso pela população”, avalia Sinara, que integra a 2ª Promotoria Civil de Icoaraci.
A instituição acompanha a obra há cerca de dois anos, desde que instaurou inquérito civil a pedido da organização não governamental (ONG) Grito por Icoaraci. A promotora de justiça Sinara Lopes De Bruyne e o engenheiro Edwin Malheiros observaram questões como acessibilidade, sistema de drenagem e esgoto e o entorno do prédio.
A obra está em fase de acabamento de serviços como pintura, rejuntamento e ajustes de piso e instalações de rede elétrica, de dados e de refrigeração. Prevista para ser finalizada no próximo mês, o prazo da obra precisará ser ampliado por conta do atraso na entrega do material do forro, que vem de fora do estado, devido à greve dos caminhoneiros.
O diretor de obras civis da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Reinaldo Leite, responsável pela execução da obra, lamenta o imprevisto, mas garante que os reparos já estão na reta final. “Infelizmente tivemos esse imprevisto na entrega do forro, no entanto a obra já está praticamente finalizada nos 1.900 metros quadrados do imóvel. Toda a estrutura do térreo, andar superior e subsolo foram recuperadas, bem como a cobertura, que recebeu ainda uma manta antitérmica e impermeabilizante. Todas as portas, janelas, pisos e paredes também foram reformados”, detalha.
Restauro - O local que abrigou a Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha e o Museu de Artes Populares foi desativado em 2014 por problemas estruturais e desgastes ocasionados pelo tempo. Agora, já praticamente restaurado, o prédio recuperou sua beleza e imponência.
A fachada foi toda reconstituída para manter os traços originais e históricos da arquitetura, além de receber pintura em cores que valorizam ainda mais a arquitetura. A escadaria frontal com seus guarda-corpos também foi reconstituída nos mínimos detalhes, assim como as duas cúpulas que integram a fachada e as varandas, incluindo o telhado de barro.
A obra é executada pela Prefeitura de Belém com recursos do Governo do Estado, além de uma contrapartida da própria gestão municipal, e está orçada em aproximadamente R$ 2,8 milhões.