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Projeto cultural de samba de raiz atrai paraenses e turistas

Foto: Natasha Albarado / Acom Fumbel
Projeto cultural de samba de raiz atrai paraenses e turistas
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Projeto cultural de samba de raiz atrai paraenses e turistas

Nega Rô foi uma das sambistas desta edição da roda de samba.

Sons de instrumentos com pandeiro, banjo, cavaquinho e violão animaram a tarde dos moradores dos bairros da Condor e Cremação na tarde deste sábado, 13. O projeto “Vem Ver o Peso do Samba”, que desta vez levou muita música e cultura para a Praça Princesa Isabel, na Bernardo Sayão, atraiu até mesmo os turistas que ali desembarcavam da procissão fluvial do Círio de Nossa Senhora de Nazaré.

O calor e o cansaço não impediram a turismóloga Francisca Borges, 50, e o marido Carlos Teteo, 51, de prestigiar o evento. “Um momento como esse é muito bem-vindo para o segmento do turismo na capital”, afirmou a moradora de Recife (PE). Para ela, a iniciativa entusiasma quem visita a cidade neste período festivo religioso e garante acolhimento e socialização entre pessoas de vários lugares. “Todos entram na mesma vibração e o resultado disso é a comunicação sobre a diversidade cultural que cada um traz consigo”, completou.

O projeto, idealizado pela empresária Selma Baltazar e realizado em parceria com a Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), consiste em reunir sambistas em uma confraternização mensal que objetiva promover a cultura local e as tradições de uma festa de samba de raiz.

Lançado em 2016, esta edição do projeto é marcada por uma grande novidade: é itinerante, percorrendo espaços públicos da cidade. “Nós começamos com um público bem pequeno lá no complexo do Ver-o-Peso. Desde então o projeto foi crescendo e ganhando a aceitação do público que hoje já chega a duas mil pessoas”, conta Selma Baltazar.

“Agradeço muito o apoio que a Prefeitura e a Fumbel têm nos dado, e é graças a esse apoio que hoje contamos com uma estrutura bem melhor e com a evolução inovadora do projeto, que é levar o samba não só ao Ver-o-Peso, mas a todas as praças públicas da cidade”, afirma a empresária.

A nova proposta visa agregar um número de participantes maior ao projeto, além de promover maior ocupação e valorização dos logradouros públicos da cidade. “Achei muito interessante a ideia de levar o samba até as comunidades de cada bairro, e somente nesta primeira edição já recebi dois convites, isso é muito gratificante”, conta ela.

Participaram desta edição 15 músicos sambistas da região, dentre os quais Plínio do Cavaco, Toninho do Cavaco, Helinho Moreno, Valério Cruz, Diego Xavier, Nega Rô, Tony Melodia e Luís França. E houve quem também desse uma boa “canja”. Foi o caso do Grupo Bola Samba, da Cremação, bairro situado no entorno da praça.

O grupo existe há 23 anos e surgiu da ideia de reunir grandes amigos em campeonatos de futebol e em bares para rodas de samba. “Tudo começou com o meu pai na percussão, até que eu entrei no projeto e outros amigos também”, explica o integrante do grupo Alexandre Andrade Filho.

Os artistas apresentaram trabalhos autorais, além de repertórios musicais variados de sambistas do Brasil inteiro. “A ação, além de valorizar os músicos e a cultura da paz, ainda abre um leque para a descoberta de novos talentos”, acrescentou Alexandre.

Incentivo – A Prefeitura de Belém, por meio da Fumbel, segue apoiando e investindo na valorização da cultura local. A Praça da República, por exemplo, depois de revitalizada e inaugurada, tem sido palco shows de carimbó que ocorrem mensalmente.

Neste mês, as praças das Mercês, Princesa Isabel, Estivadores e do Carmo e ruas em que se localizam patrimônios públicos da cidade receberam projetos de artistas paraenses, como o “Roda dos Compositores”, a “Romaria Poética”, o “Vem Ver o Peso do Samba”, o “Cortejo do Círio do Arraial do Pavulagem” e a Festa da Chiquita.

Segundo a diretora do Departamento de Ações Culturais da Fumbel, Silvia Lovaglio, o compromisso desta gestão é apoiar, proteger e valorizar todos os segmentos culturais e promover a cultura da paz: “Nós seguimos o modelo inovador das chamadas ‘Cidades Prósperas’, conceito estabelecido pela Unesco que determina a política em prol da causa da paz”.

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