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Aterro de Marituba receberá lixo da RMB por mais dois anos

Foto: Fernando Sette - Comus
Aterro de Marituba receberá lixo da   RMB por mais dois anos
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Aterro de Marituba receberá lixo da   RMB por mais dois anos
Aterro de Marituba receberá lixo da   RMB por mais dois anos
Aterro de Marituba receberá lixo da   RMB por mais dois anos

Os municípios terão que apresentar em conjunto com o Ministério Público, no prazo de 20 dias, um cronograma de metas a serem cumpridas objetivando as soluções definitivas para deposição dos resíduos de cada município.

Após 14 horas de reunião, os municípios da Região Metropolitana de Belém e a empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos, finalmente, chegaram a um acordo sobre a continuação do funcionamento do Aterro Sanitário de Marituba por mais dois anos, enquanto os municípios buscam um aterro definitivo para a destinação final dos resíduos.

O acordo foi decidido no final da noite desta terça-feira, 02, na sede do Tribunal de Justiça do Estado (TJE), durante audiência de conciliação presidida pelo desembargador Luis Neto, do processo correspondente a ação ajuizada pela Prefeitura de Belém sobre o recebimento e tratamento de resíduos sólidos na RMB. 

A conciliação teve como objetivo a regulação do funcionamento do aterro de Marituba, visto ser, no momento, o único licenciado para tratamento do lixo dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba. “Saio desta reunião muito feliz, pois chegamos a um grande acordo sobre a destinação do lixo da Região Metropolitana. Não foi uma decisão fácil, mas conseguimos avançar, e, muitos direitos foram assegurados. Agora vamos em busca de alternativas para a destinação final do lixo e a intenção de Belém é a de encontrar uma solução antes do encerramento do prazo de dois anos”, afirmou o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, que fez questão de destacar a importância da intervenção do desembargador Luiz Gonzaga Neto na concordância do acordo. “Agradeço profundamente o esforço de todos os envolvidos, em especial ao desembargador, que se empenhou e teve a sensibilidade de chamar as prefeituras para esta conciliação”, completou.

A decisão, em caráter excepcional e provisório, fixa o preço da prestação dos serviços de tratamento de resíduos no valor de R$ 90,00 por tonelada que será praticado a partir deste mês de julho até a aferição de um preço, em caráter definitivo, após perícia judicial. O valor apurado será praticado a partir de 01 de janeiro de 2020, com aplicação retroativa para os meses de outubro, novembro e dezembro de 2019, para fins de apuração de diferenças devidas pelos municípios ou redução dos valores eventualmente recebidos pela empresa. O preço definitivo que for fixado será corrigido a cada 12 meses. “O mais gratificante é que chegamos a um acordo benéfico para todos, pois a intenção do judiciário é a conciliação”, disse o desembargador.

O Estado do Pará se comprometeu a analisar os processos de licenciamento ambiental da empresa por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) em tempo hábil o suficiente para viabilizar tecnicamente o cumprimento do acordo visando expedir as licenças para implantação e funcionamento no aterro. O governo do Estado também se compromete a licenciar em caráter emergencial uma célula de apoio, que será preparada no Aurá, com isolamento, proteção ambiental e devidamente autorizada pela Semas.

Esta célula emergencial será utilizada até a conclusão das obras dentro do aterro de Marituba, considerando as necessárias medidas de segurança e estabilidade nas operações. “É necessário uma célula de apoio para qualquer emergência, caso seja preciso paralisar o trabalho dentro do aterro durante a implantação das obras. A empresa se compromete a cumprir as condicionantes das licenças ambientais expedidas dentro do prazo estabelecido pela Semas”, explicou Jorge Alex Athias, advogado da Guamá.

Os municípios terão que apresentar em conjunto com o Ministério Público, no prazo de 20 dias, um cronograma de metas a serem cumpridas objetivando as soluções definitivas para deposição dos resíduos de cada município.

Também participaram da conciliação a promotora de Justiça Marcela Melo; a procuradora do Estado, Fernanda Sequeira; os procuradores de Belém, Bruno Freitas e Marília Eleres; o prefeito e procurador de Ananindeua, respectivamente, Manoel Pioneiro e Rui Begot; o prefeito e o vice-prefeito de Marituba, respectivamente Mário Filho e João Batista da Silva Santos e os procuradores de Marituba, Luciana Akel Fares e Rafael Ferreira Porto; e o representante e advogados da empresa Guamá, respectivamente, Ângelo Castro, Jorge Alex Athias, Pedro Bentes Pinheiro Filho e Eduardo Alves Rodrigues.

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