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Olympia lota em sessão que comemorou os 106 anos do cinema

Foto: Fernando Sette - Comus
Olympia lota em sessão que comemorou os 106 anos do cinema
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O cinema mais antigo do Brasil é administrado pela Prefeitura de Belém (PMB) desde 2006 e oferece ao público sessões com entrada franca.

Uma sessão que promoveu um encontro com o passado. Assim foi a exibição do filme “A Dama das Camélias”, produção de 1921, em comemoração aos 106 anos do Cinema Olympia, que ganhou a sonorização do pianista Paulo José Campos de Melo, nesta terça-feira, 24. Cerca de 200 pessoas assistiram o filme.

O cinema mais antigo do Brasil é administrado pela Prefeitura de Belém (PMB), por meio da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), desde 2006, e oferece ao público sessões com entrada franca.

O espaço, que reúne dos mais novos aos mais experientes apaixonados por cinema, foi o cenário ideal para três jovens universitários do curso de Publicidade do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) gravarem um vídeo acadêmico sobre a história do cinema antigo em Belém.

“A gente começou com a ideia de montar um TCC (trabalho de conclusão de curso) que fosse importante culturalmente e que envolvesse cinema. Então, estruturamos isso como uma websérie sobre cinema alternativo, na qual vamos mostrar como funciona a transmissão em Belém. Assim, a gente fala dos espaços e do impacto cultural que eles têm. E claro, poder filmar isso no dia em que o cinema mais antigo do Brasil completa aniversário é sensacional, até mesmo por saber que este foi o primeiro cinema que frequentei na vida”, disse o estudante Henry Sena, 24 anos.

O filme exibido no dia do aniversário do cinema teve duração de 72 minutos e se iniciou às 18h40, com uma sala quase toda ocupada, que silenciou atenta às imagens da telona e à sonorização que saía dos teclados de Paulo José.

“É mais um aniversário de que participo. São sete anos aproveitando a data para reproduzir o projeto ‘Cinema e Música’. E a escolha sempre é especial, e esta escolha foi fantástica para o momento, inclusive eu optei por não utilizar a música original, pois eu aplico trechos da ópera ‘La Traviata’, de Giuseppe Verdi, com arranjos que se adequam às imagens. E dessa forma a gente vai utilizando elementos modernos e criando uma trilha sonora nova. Acho que esse exercício é interessante para o público perceber a ligação com a ópera, mas que se trata uma linguagem totalmente nova e adaptada”, afirmou o músico.

Para o aposentado Felipe Caluff, 77 anos, este foi mais um momento para reunir a família. “Este é o único cinema que frequento. Me sinto bem aqui, gosto dos filmes que são exibidos. É uma ‘sacada de primeira’ manter este cinema, espero ansioso por essas sessões”, disse. “Esse projeto é maravilhoso, é uma cultura que não se deixa perder por conta desse patrimônio que está sendo utilizado. É um presente para a nossa capital”, completou a filha, Paula Rodrigues, 50 anos.

Produção - O filme “A Dama das Camélias”, dirigido por Ray C. Smallwood, baseado no romance de Alexandre Dumas Filho, de 1848, deu origem a uma das mais famosas óperas do século XIX – “La Traviata”. A escolha do filme para ser exibido se deveu ao fato de o filme ter sido um dos grandes sucessos já exibidos no Cine Olympia, capaz ainda de conquistar o público jovem, segundo explicou a diretora do Olympia, Nazaré Moraes. “Mantendo o público saudosista e atraindo os mais jovens, a gente vê que é mais um ano de desafios, e que este espaço está cumprindo sua missão, de assegurar a cultura cinematográfica. Isso é fantástico”, declarou.

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