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Músico alemão executa concerto ao piano na exibição do mudo “Nosferatu”, no Olympia

Foto: Tássia Barros - Comus
Músico alemão executa concerto ao piano na exibição do mudo “Nosferatu”, no Olympia
Músico alemão executa concerto ao piano na exibição do mudo “Nosferatu”, no Olympia
Músico alemão executa concerto ao piano na exibição do mudo “Nosferatu”, no Olympia
Músico alemão executa concerto ao piano na exibição do mudo “Nosferatu”, no Olympia
Músico alemão executa concerto ao piano na exibição do mudo “Nosferatu”, no Olympia
Músico alemão executa concerto ao piano na exibição do mudo “Nosferatu”, no Olympia

Hans Brandner executou as peças ao piano: foi a primeira vez que o filme foi exibido com a sua trilha original no Brasil.

Os amantes do cinema mudo tiveram a oportunidade de assistir a uma sessão especial, no Cinema Olympia, do clássico “Nosferatu” com o acompanhamento do músico alemão Hans Brandner, tocando ao piano a trilha sonora original do filme. Foi a primeira vez que o filme foi exibido com a sua trilha original no Brasil e foi a primeira apresentação de Hans executando a trilha em um cinema brasileiro.

O músico está em Belém por conta de parceria entre o Instituto Goethe e a Casa dos Estudos Germânicos da Universidade Federal do Pará (UFPA). A coordenadora de Cultura da Casa, Sabine Reiter, propôs a apresentação de Hans junto com a exibição do filme a pedido do próprio músico.

Marco Antônio Moreira, programador da sala de exibição mais antiga do Brasil, disse que o cinema abriu as portas para receber o músico com muita satisfação. “É muito importante para o Cinema Olympia ter eventos internacionais e nacionais acontecendo aqui. Assim que recebemos a proposta, aceitamos na hora ceder o espaço. Para nós é um privilégio e uma honra termos aqui este músico executando uma partitura original que nunca foi exibida no país”, afirmou Marco Moreira.

Hans Brandner compôs, em 2016, o arranjo especial para o piano, a partir de trilha original do filme, e preparou um concerto solo de piano para apresentar a composição. Trabalhar com arranjos para músicas de filmes antigos é o foco dele. Ele também criou arranjo para outro clássico de cinema mudo, “Berlim – Sinfonia de Metrópole”, que o trouxe a Belém pela primeira vez, em 2014, para exibição do concerto no Museu de Arte do Estado do Pará.

O músico ficou admirado com o tamanho do cinema e com a receptividade do público. “Eu achava que por o filme ser um pouco lento, diferente dos filmes latino-americanos mais agitados, as pessoas não fossem gostar tanto, mas acredito que gostaram até porque a sala estava quase lotada e todos ficaram até o final da apresentação”, declarou o músico.

Com uma carga pisológica bastante expressiva, a música acentuou o efeito suspense do filme. A professora de artes Samara Cardoso costuma frequentar as sessões de cinema mudo do Olympia e gostou da exibição especial de “Nosferatu”. “Não é a primeira que venho, porque eu gosto bastante das programações do cinema, e com o acompanhamento do piano e trilha original foi melhor ainda. É uma experiência diferente do circuito comercial que a gente costuma ir”, afirmou Samara.

O filme mudo "Nosferatu”, produzido em 1922 por Friedrich Wilhelm Murnau, hoje é considerado um dos primeiros representantes do gênero terror. Baseado no romance “Drácula”, de Bram Stoker, o filme conta a estória de um vampiro dos Montes Cárpatos que se apaixona pela jovem Ellen e leva o terror e a morte para a cidade dela.

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